Existe a consciência de que todos estamos no mesmo barco"
O setor têxtil tem vivido, principalmente nos dois últimos anos, o drama de uma grande crise na produção industrial. Situação que chegou a fechar empresas, algumas delas centenárias, e ainda guarda ameaças sobre outras. Para muitos empresários, o ápice dessa turbulência foi 2012 e este ano deve ser marcado, justamente, por uma leve retomada rumo à recuperação.
Medidas adotadas pelo governo no ano passado e seus reflexos já nos primeiros meses de 2013 são a esperança do setor diante de um 2012 pífio, “2013 tende a ser um ano melhor para a indústria, pois, em 2012, houve quedas sucessivas. Exceção foi novembro, mês em que houve crescimento leve. Mas todos os outros registraram queda. Não no consumo, mas na produção”, comenta o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sifitec), Marcus Schlosser.
Entre as medidas que une governo e empresários em torno de uma aposta, a da recuperação do setor, estão ajustes na carga tributária, questões relacionadas ao setor de energia, entre outros.
A crise no setor complicou até mesmo as negociações salariais da categoria no decorrer dos últimos anos. Para Schlosser, hoje a realidade é outra e os problemas enfrentados serviram para criar a consciência de que o problema não é somente dos empresários, mas de toda uma cadeia. Inclusive da classe laboral.
“Acredito que, cada vez mais, existe a consciência de que todos estamos no mesmo barco, que os interesses são comuns e que se o setor vai bem, todos vão bem. Ficou muito claro que um ano de crise sempre engessa muitas coisas que se poderia avançar em termos de negociação. Dificulta muita coisa”, complementa o empresário.